terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Após avançar sinal vermelho e tentar fugir da Guarda Municipal, adolescentes sofrem grave acidente em Chapadinha


  
Por volta das 21h40 desta segunda, ocorreu um grave acidente, no final da Rua do Comércio, na extrema com o bairro Novo  Castelo. Dois adolescentes, ambos de 16 anos, moradores do Bairro Corrente, nas proximidades do Colégio Oliveira Roma, caíram  de moto, sem capacetes, após saltarem por cima de uma enorme cratera que corta a rua.

Os dois foram encaminhados ao Hapa. Um deles, sofreu com um profundo ferimento na parte de trás da cabeça, segundo os guardas municipais que ajudaram a socorrê-los. O outro também ficou bastante ferido, mas com menos gravidade. Ele está com suspeita de fratura e uma clavícula e vários ferimentos por braços, pernas e nas costas.

A mãe do jovem que está em estado mais delicado (o que conduzia a moto), estava no Hapa, desesperada. Chorando, ela dizia que não aguentava ver o filho naquela situação, e que há dois anos perdera um filho, vítima de acidente.

O acidente

Segundo informações da Guarda Municipal repassadas ao Blog do William, tudo teria começado, quando três jovens, trafegando em duas motos, uma Pop 100 e uma CG 150, avançaram o sinal vermelho no cruzamento da Escola Amélia Almeida.

Os guardas foram atrás dos jovens que empreenderam grande velocidade, conseguindo despistá-los. Mesmo após a desistência dos guardas em segui-los, os dois que estavam na CG 150, seguiram pela Gustavo Barbosa, depois, pegaram a Rua do Comércio, sentido Novo Castelo, até sofrerem o acidente na cratera.

Testemunhas disseram que os jovens passaram em altíssima velocidade. O salto que a moto deu, para atingir o outro lado da cratera foi de cerca de 7 metros de distância. “Se eles tivessem vindo um pouco mais devagar, teriam caído dentro do buraco e talvez não tivessem escapado”, calculou um dos moradores.

Uma das vítimas confirmou ao Blog do William a versão dos guardas. Ele disse que haviam saído de casa apenas com o objetivo de comprar pastéis na rua, quando a história acabou com o desfecho inesperado.

Segundo moradores da rua, próximo ao local do acidente, o buraco existe há mais de 12 anos. Nenhum prefeito se preocupou em tapá-lo. “Todo ano de eleição os candidatos a vereador e a prefeito passam por aqui e dizem que vão consertá-lo, mas aqui está o buraco, cada vez maior. Esperamos que alguém se manifeste e resolva essa situação, antes que o pior aconteça”, disse Cabo Afonso, morador da rua. 

Escândalo da carne de cavalo na Europa atinge a Nestlé e o JBS

Foto: Jean Paul Pelissier/Reuters


GENEBRA - O escândalo da fraude no comércio de carne na Europa respingou no grupo brasileiro JBS. A suíça Nestlé revelou nesta segunda-feira, 18, que realizou testes em alguns de seus produtos e constatou que eles continham carne de cavalo, e não de vaca, como suas embalagens apresentavam. A carne era fornecida pelo JBS, o maior produtor de carnes do mundo, que havia comprado o produto de outra empresa na Alemanha antes de repassar para a Nestlé.

O escândalo foi primeiro revelado na Inglaterra, há pouco mais de duas semanas, indicando a presença de carne de cavalo em produtos que se apresentavam como sendo carne de vaca, até mesmo em grandes redes de fast-food, como a Burger King.A polêmica, em poucos dias, se espalhou por vários países europeus, escancarando falhas no sistema de controle sanitário da União Europeia (UE) e uma cadeia de produção envolvendo intermediários, produtos e empresas que, no final da linha, nem ao menos sabem a origem do que estão vendendo. Mas se até agora o escândalo envolvia empresas de porte médio, a nova revelação demonstra que a fraude está instalada no setor de carnes da Europa e respinga nas maiores empresas do setor.Exames. A Nestlé, a maior empresa de alimentos do mundo, confirmou que, depois de realizar exames com seus produtos, constatou que também teria sido vítima da fraude.

A informação foi revelada uma semana depois que a própria Nestlé emitiu um outro comunicado garantindo que seus produtos não haviam sido afetados pelo escândalo europeu.Segundo um comunicado da companhia com sede na Suíça, o fornecedor seria a empresa alemã H.J. Schypke, que fornece a carne à JBS Toledo N.V., uma subsidiária do grupo brasileiro na Europa. Já a JBS usaria carne da empresa alemã para repassá-la para a Nestlé. O JBS, em seu site, informa que fornece “a carne processada de mais alta qualidade, sem concessões”. O JBS comprou a Toledo em 2010, por 11 milhões. Com sede em Gent, na Bélgica, a Toledo é especializada em produtos processados de carne bovina.

Procurado no Brasil, o JBS não se pronunciou sobre o assunto até o momento. “Nossos testes encontraram DNA de cavalo em dois produtos feitos com a carne fornecida pela H.J. Schypke”, indicou a Nestlé, que garante já ter avisado as autoridades de sua constatação e insiste que não existe risco para a saúde dos consumidores.Mesmo assim, a Nestlé optou por retirar das prateleiras dos supermercados produtos como o ravióli de carne e o tortelini de carne da marca Buitoni. Essas substituições ocorreram na Itália e na Espanha. Já na França, o produto afetado é a lasanha à bolonhesa Gourmandes. Os testes nesses produtos revelaram que mais de 1% da carne testada não era de vaca.Pedindo desculpas aos consumidores, a Nestlé insiste que vai aumentar a partir de agora os programas de controle de qualidade, adicionando aos exames a verificação de DNA de cavalo em sua produção na Europa. A companhia garantiu que suspendeu todo o fornecimento vindo da empresa alemã e que vai substituir seus produtos atingidos por carne 100% de vaca.Nas últimas duas semanas, empresas registraram a queda de sua venda de alimentos prontos em quase 50%, enquanto as autoridades políticas do continente não disfarçam a saia justa diante do escândalo.

fonte: Jamil Chade, correspondente de O Estado de S.Paulo
estadao.com.br