segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Quadrilha vendia vagas em Medicina no Ceuma


Foto: Biaman Prado/O Estado
SÃO LUÍS – Em reportagem exibida nesse domingo (27) pelo Fantástico, foi denunciada uma quadrilha que agia em seis Estados brasileiros, incluindo o Maranhão, vendendo vagas no curso Medicina. A vaga custava entre R$ 60 mil e R$ 90 mil, segundo o delegado da Polícia Federal (PF) Alexandre Braga. No Maranhão, as vagas eram vendidas para ingressar na Universidade Ceuma.
A negociação com pais e candidatos era feita por telefone. Uma mulher entrevistada, que fazia parte da quadrilha afirmou que eles já faziam isso há 15 anos.
Após fecharem as negociações, os candidatos recebiam treinamento para praticar a fraude. Era entregue para os candidatos um ponto de escuta, um pouco maior que a cabeça de um cotonete, de silicone e transparente. A polícia apreendeu com o grupo vários pontos eletrônicos.
Os fios e o receptor de sinal eram escondidos embaixo da blusa, da camisa, para nada aparecer. Quando a fiscalização era mais efetiva, o ponto não era usado. As respostas chegavam via SMS pelo celular e eram lidas no banheiro em aparelhos escondidos.
Para a polícia, o coordenador do grupo é Luciano Cançado, médico, clínico geral, de 39 anos. Luciano tinha alugado uma casa em um bairro de classe média de Goiânia, onde morava e também se reunia com os integrantes da quadrilha. Além de Luciano, a polícia prendeu os corretores, os assistentes, os pilotos e os treinadores. No total, são 15 envolvidos na quadrilha, cada qual cumprindo a sua função. A investigação para achar o grupo estava sendo realizada desde 2011.
Foram indiciados por pertencer à quadrilha: o casal Marcos José Nunes de Souza e Ana Cândida Lima Souza, Filipe Marquez Belo e Melina de Souza Medeiros. Além de outros oito acusados: Jovina Cecília da Silva Gonçalves, Annie Jackieline Montenegro de Souza e Silva, Lara Cristina de Souza Cançado - irmã de Luciano -, João Paulo Rosilho, Carlos Eugênio Batista Meireles, Alisson Patrício Roque, Letícia Aguiar Milhomens, Leonardo Borges da Silva, Clarianne Silva Leite e Ewerton Alves Alagia.
Em nota, a universidade Ceuma informou que recolhe todos os aparelhos eletrônicos durantes os exames para evitar as fraudes.
Imirante.com

Maranhão é um dos líderes em trabalho escravo no país


Foto: Arquivo/O Estado
SÃO LUÍS – Nesta segunda-feira (28), é lembrado o "Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo". Em todo o país, são mais de 20 mil trabalhadores em condição análoga à escravidão. No ranking de Estados que apresentam maior índice de prática de trabalho análoga à escravidão no período entre 2003 e 2011, o Maranhão ocupa o terceiro lugar em número de denúncias registradas, sendo 244 no total. Considerando a origem, o Maranhão é apontado pela maioria dos trabalhadores libertados da situação: 27,6% nasceram no Maranhão, um total de 6.519 trabalhadores. Na edição mais recente da "lista-suja" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Estado fica em quarto lugar, com 29 empregadores listados e 555 trabalhadores libertados, atrás apenas dos Estados do Pará, Mato Grosso e Goiás. A lista é atualizada a cada seis meses.
No Maranhão, um dos órgãos responsáveis pelo combate ao trabalho escravo é o Ministério Público do Trabalho (MPT). De acordo com a procuradora do Trabalho, Anya Gadelha Diógenes, o combate ao trabalho escravo passa pela implementação de políticas públicas e deve ter a participação das diversas esferas do poder e a sociedade civil organizada. "O MPT, em especial, atua desde a fase da fiscalização. Nós recebemos as denúncias e, por meio de grupos móveis, com o auxílio de auditores e policiais, nós fazemos essas fiscalizações. Já no momento da fiscalização, já há uma atuação para a garantia dos direitos dos trabalhadores que estão naquela situação, como pagamento das verbas rescisórias, salários que não foram pagos e a retirada dos trabalhadores daquele local. A ação subsequente é prevenir que aquilo se repita, por meio de ações civis públicas, termos de ajustamento de conduta, nós atuamos para obrigar aqueles trabalhadores a não mais incidir naquelas irregularidades", disse em entrevista ao Imirante.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone do MPT no Maranhão, (98) 2107-9300; pela página eletrônica do MPT na internet; ou, ainda, pelo Disque-Denúncia Nacional da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pelo telefone 100.
Imirante.com

Maranhão registrou seis mil casos de Aids em quase 30 anos


Foto: Reprodução/Internet
SÃO LUÍS – Em todo o mundo, mais de 20 milhões de pessoas já morreram em função da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids,na sigla em inglês) e uma estimativa sinaliza que haja, atualmente, pelo menos, 40 milhões de infectados no mundo. No Maranhão, de acordo com o Departamento de DST/Aids da Secretaria de Saúde do Estado (SES), entre 1985 e 2012, foram notificados 6.505 casos de Aids, sendo 36% na população feminina e 64% na população masculina. Segundo a chefe do Departamento de DST/Aids da SES, Osvaldina Mota, a doença, ainda, não foi estabilizada no Estado. "No Maranhão, nós não podemos dizer que temos uma doença estabilizada. No ano passado, foi o período em que nós tivemos a maior notificação de casos, o que não significa que tiveram mais casos, e, sim, que foram notificados mais casos", afirmou à reportagem doImirante nesta segunda-feira (28). São Luís, ainda, é a cidade que concentra o maior número de jovens contaminados.
Para o atendimento especializado, os portadores contam com os Serviços de Assistência Especializados em DST, HIV e Aids (SAE), presentes em 14 municípios. "Hoje, nós temos 16 SAEs no Estado que atendem, com o auxílio de profissionais, os portadores da síndrome. Nesses serviços, os pacientes recebem todos os medicamentos e todo o acompanhamento necessário", explica. No local, também, é possível o teste rápido e gratuito. Profissionais de outros 185 municípios já foram treinados para a realização do teste rápido.
Campanha
Com a chegada do Carnaval, o departamento realiza campanha em que distribuirá três milhões de preservativos, destinados a municípios, blocos, agremiações e grupos carnavalescos. A camisinha, diz a chefe do setor, continua sendo o método mais eficaz de prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
"Nos outros anos, nós trabalhávamos com faixas etárias específicas, adolescentes, jovens, etc. A população, de uma forma geral, acabou ficando esquecida. Alguns estudos mostram que as pessoas continuam mantendo relações sexuais casuais. Os jovens são, ainda, os que usam mais o preservativo, mas, mesmo assim, esses jovens já estão esquecendo. Chegou a hora de a gente lembrar sobre o uso do preservativo, porque é o meio mais eficaz, é uma barreira de proteção, desde que seja colocada de forma correta Então, em função disso, a campanha, neste ano, vai ser pautada no uso do preservativo", completa.
Osvaldina Mota alerta que as secretarias municipais de saúde já podem buscar, no almoxarifado central do departamento, suas cotas de preservativos. Também estão disponíveisfolders e cartazes. Todo o material é distribuído gratuitamente. Ela alerta, ainda, sobre a necessidade do acesso facilitado aos preservativos, sem necessidade de assinatura de documentos ou listas, por exemplo.
Informações
Outras informações sobre a síndrome, prevenção e tratamento podem ser obtidas pelo telefone(98) 3236-9261, pelo e-mail aids@saude.ma.gov.br, ou, ainda, na página eletrônica Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
POR: Imirante.com

Resultados das eleições em 17 municípios ainda são contestados


O resultado das eleições municipais de 2012 no Maranhão já começou a ser contestado na Justiça Eleitoral. Estão tramitando no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) 17 processos pedindo a anulação da eleição ou a cassação do diploma de prefeitos e vereadores eleitos. Entre os casos estão o de São Luís, em que o ex-prefeito João Castelo (PSDB) pede a cassação do diploma do prefeito Edivaldo Júnior e o de Bacabeira, onde Alan Linhares tem sua vitória contestada pela coligação de Olga Calvet, "Bacabeira, união de todos nós".
São nove Recursos Contra Expedição de Diploma, que já estão nos gabinetes dos juízes eleitorais no TRE. Outras oito ações referem-se à investigação judicial eleitoral e Recursos Eleitorais em Representação.
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Por: Imirante.com