terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Polícia investiga mensagem recebida por estudante encontrada morta no PI


Rosanne D'Agostino
Do G1, em São Paulo

A Polícia Civil investiga a origem de uma mensagem de texto recebida pela estudante Fernanda Lages Veras, de 19 anos, encontrada morta na quinta-feira (25) no prédio em obras que será sede do Ministério Público Federal em Teresina. “Você teve o fim que merecia”, dizia o texto recebido pela estudante no celular, segundo a polícia.
Fernanda era filha de um ex-vereador de Barras (127 km da capital). No início do ano, mudou-se para Teresina para estudar direito. Segundo a polícia, o corpo da jovem tinha marcas de ferimento profundo na cabeça e um dos braços quebrado, o que indicaria luta corporal com um possível agressor.

Segundo o delegado Mamede Rodrigues Cardoso Vieira Neto, que preside o inquérito que investiga as circunstâncias do homicídio, o celular de origem da mensagem não atende ligações, por isso, foi solicitado à Justiça a quebra de sigilo do aparelho, para tentar identificar o autor da mensagem. O delegado não informou o horário exato do recebimento da mensagem.

Ainda conforme o delegado, a polícia ainda não tem suspeitos e aguarda laudos da perícia realizada no carro da vítima, do celular, assim como exames que devem definir a causa da morte da estudante. Durante o final de semana, peritos retornaram ao local do crime para recolher mais evidências.

Uma das hipóteses investigadas é a de crime passional, em razão dos ferimentos sofridos por Fernanda, informou o delegado. “Mas nós ainda vamos ouvir mais depoimentos. Por enquanto, estamos aguardando os laudos”, disse.

O jovem Raniel Ferreira, com quem a estudante de direito morava em Teresina, disse ao G1 que a amiga “era uma pessoa ingênua, não tinha maldade no coração” e que ajudava pessoas desconhecidas que encontrava na rua ou em festas.

“Não sei o que aconteceu, mas ela não tinha maldade com nada, não via maldade em ninguém. Uma vez, ajudou uma menina que encontrou bêbada na rua. Ela dava carona para pessoas que havia acabado de conhecer em festas. Ela queria ser livre, não queria ninguém pegando no pé”, disse. A jovem morava na casa dele havia quase quatro meses.

A Polícia Civil ouviu depoimentos de vigilantes e funcionários da obra do Ministério Público Federal, Fernanda foi vista pela última vez em uma confraternização com outros estudantes da faculdade em um restaurante de Teresina. Agora, deve se concentrar em pessoas que estiveram próximas momentos antes do crime.

Um funcionário da obra disse que viu um homem entrando no local, segundo o delegado. O ex-namorado também prestou depoimento, segundo a polícia, afirmando que esteve com Fernanda antes do crime, em um restaurante, mas que voltou para casa em seguida.

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